quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Hugo Ernano merece justiça

Hugo Ernano, um militar da GNR igual a tantos outros, estava em mais um turno de serviço,dentro do carro-patrulha com o seu colega de serviço e um outro guarda, a quem tinham acabado de dar boleia para o posto, quando receberam uma chamada via rádio a informa-los de um assalto .
Demoraram apenas dois minutos a chegar ao local que estava a ser assaltado
Já dentro da propriedade, Armando Passeira, o caseiro, mandou parar os guardas e, de dedo em riste, informou-os : "Vai ali uma carrinha."
Hugo Ernano e os colegas viram a Ford Transit branca ao pé de uns contentores.
Inverteram a marcha ,era o colega do Hugo Ernano quem ia a conduzir  e, 250 metros mais à frente, o Hugo  saiu do carro-patrulha.
Pôs-se no meio do caminho de terra batida, levantou o braço esquerdo, gritou "alto" e pôs a mão direita no coldre.
Sandro Lourenço desrespeitou e ignorou a ordem dada pelo militar da GNR e tentou mesmo atropelá-lo.
Para fugir à investida,e evitar ser atropelado o militar da GNR rebolou para cima do capô do carro-patrulha(como se pode ver o objectivo do condutor da viatura em fuga era mesmo acertar em cheio no militar da GNR,e não fossem os bons relexos dele,se calhar quem estaria morto era ele) .
E começava assim uma perseguição de um quilómetro, que só terminaria no Largo da Igreja.
Foi de sirenes sempre ligadas, que Hugo Ernano pediu reforços via rádio,reforços esses que estavam ainda um pouo distantes do local.
A Ford Transit, com 15 anos, teimava em dar luta ao carro da GNR, com o velocímetro avariado e as suspensões partidas. Sandro, que ia a conduzir, parecia saber o que estava a fazer(ou não fosse ele já um entendido em fugas,pois estava evadido do estabelecimento prisional de Alcoentree): quando entraram na zona residencial, entre ruas estreitas, passou a circular aos ziguezagues, sobretudo nas curvas, para evitar que a polícia o ultrapassasse(como se pode ver,um "expert" em manobras de fuga á policia) .
Ao chegar aos tanques da roupa, foi quando Hugo Ernano e os colegas recearam o pior: a carrinha circulava descontrolada e, mais à frente, junto ao Largo da Igreja, deveriam estar dezenas de crianças da Casa do Gaiato, prontas para embarcar numa excursão.
Se a perseguição continuasse, por entre cruzamentos tão estreitos, poderia haver um atropelamento colectivo.
E foi então que Hugo Ernano decidiu puxar da arma e disparar dois tiros para o ar, em jeito de advertência, numa zona ladeada só por muros e onde não existiam casas(e sem qualquer risco para ninguém).
Era necessário que a viatura em fuga a alta velocidade parasse, mas, lá dentro, o condutor insistia na fuga(não se preocupando nunca com a segurança do proprio filho que seguia com ele na mesma viatura) .
Hugo Ernano disparou então um terceiro tiro e acertou no pneu traseiro do lado esquerdo.
Dentro do carro-patrulha ouviu-se um estrondo.
Momentos antes, o militar tinha visto um homem com a cabeça e um braço de fora da carrinha, empunhando um objecto pequeno e preto, que parecia ser uma arma(o que significaria perigo eminente para os proprios militares da GNR).
Naquela fracção de segundo, os militares da GNR ficaram confusos: seria o estrondo o barulho do pneu atingido ou um disparo de retaliação vindo da carrinha?(qualquer elemento das forças de segurança teria a mesma duvida naquelas circunstâncias).
Hugo Ernano teve de pensar ,de decidir e agir muito rápidamente,em segundos ,e rapidamente fez o que achou mais correcto naquele momento!
E foi quando se sentou à janela do carro-patrulha, pegou na arma de serviço com a mão direita, apoiada na mão esquerda, e fez pontaria ao pneu direito(na correcta decisão de obrigar a viatura em fuga a parar).
Apenas  não contou com o desnivelamento da berma da estrada em que seguiam  e  que  o carro-patrulha desse um solavanco e, por isso mesmo sem contar,no momento em que já tinha a mão no gatilho o militar disparou dois tiros consecutivos que atingiram a parte traseira da Ford Transit, a poucos centímetros acima da roda direita acidentalmente.
E foi ai que finalmente Sandro Lourenço parou finalmente a carrinha, no Largo da Igreja.
A porta da carrinha abriu--se e lá de dentro saiu um cão(claro,num assalto ,a presença de um cão pode amedrontar as vitimas e deve ter servido de alibi perfeito para a mãe do menor autorizar que ele fosse com o pai para uma "caça aos ouriços" e não para um assalto que foi para onde ele o levou na realidade).
Hugo Ernano algemou Sandro e os outros dois colegas tomaram conta do lado do pendura.
Quando abriram a porta,foi quando se aperceberam que  Paulo Jorge(o menor de 13 anos levado pelo pai para o assalto)tinha sido atingido.
Uma das últimas balas disparadas por Hugo Ernano entrou pela parte de trás da Ford Transit, atravessou a zona de carga, enfiou-se no banco do meio, atingindo o rapaz pelas costas. Entretanto ja com a viatura imobilizada, chegaram os reforços e o INEM,que ainda transportou o menor ao hospital.
Mas Paulo Jorge morreu a caminho do hospital, antes de ser levado pelo INEM  ainda pediu desculpa a Hugo Ernano.
"Senhor guarda, desculpe. O meu pai ia-o matando."
O militar da GNR disse-lhe que isso agora não importava nada, enquanto tentava estancar-lhe o sangue da ferida de 0,8 cm de diâmetro(e ainda condenam este militar?).
Dentro da carrinha encontraram todo o material roubado na quinta : 54 extensores das obras avaliados em 1620 euros e uma pistola semiautomática de calibre 6,35 mm caída no chão.
No porta-luvas, onde a bala que atingiu o menor ficou alojada, havia ainda cinco cartuchos de caça de calibre 12(eu não sou perita em balistica,mas pergunto eu ,como foi que a bala ficou alojada no porta-luvas se a criança iria no banco do meio,e o projectil lhe teria entrado pelas costas e saido pelo peito??por norma o porta luvas é do lado direito certo??só se na carrinha ficava ao meio ...)
O militar da GNR que então disparou foi  condenado a nove anos de prisão efectiva, julgado por três juízes, que não foram unânimes na decisão.
A juíza-presidente discordou, mas acabou vencida por maioria. Hugo Ernano teve de mudar de casa e de trabalho e, apesar de já terem passado mais de cinco anos, continua a receber ameaças de morte.
Por causa do julgamento, viu a vida pessoal e o passado profissional serem expostos.
Colegas e chefes desfilaram no tribunal e garantiram que sempre foi um guarda exímio mas impulsivo,mas em situações de grande perigo,ser impulsivo pode ser arriscado mas tambem pode  salvar uma vida,pensem nisso!!
Em 2003 foi suspenso da GNR, teve participação noutros inquéritos e foi repreendido, num outro momento, por conflitos com um colega???sim,pelos vistos foi foi....mas ja pagou por isso,foi inquirido,repreendido e suspenso e como tal,esses factos pertencem ao passado e nada tem a vêr com este caso especifico!!
Não busquem ao passado dele,argumentos para o condenarem no presente...ele não é criminoso nenhum,ele combate o crime !!
Das detençoes que Hugo Ernano  fez ate hoje a que mais lhe custou tenho a certeza que foi a da própria irmã...meus amigos(as),que maior prova de profissionalismo ,justiça e integridade um militar da GNR pode dar além dessa,deter uma irmã??acho que mais nenhuma...e acho que tuddo fica dito!!!
, na Quinta do Maçapez, no Bairro dos Lóios.

Sem comentários:

Enviar um comentário